“É muito triste ver coisas tiradas do nada e o povo falar que aquilo é ciência”, afirma o paleontólogo durante a FINIT
Por Paula Isis/SIMI

O biólogo e cientista Paulo Nascimento, mais conhecido como Pirulla, se apresentou no palco da FINIT, durante o painel Os Desafios do Conhecimento, na tarde de sábado, 4 de novembro, reunindo curiosos e apaixonados por divulgação científica.
Ele criou o canal Pirulla para falar sobre ciência no YouTube. Com pouco menos de 500 mil inscritos, ele trata principalmente de ciência, meio ambiente, política e religião.
Pirulla falou sobre os desafios de produzir conteúdos científicos para um meio onde os videos de entretenimento dominam o mercado, mas que o grande problema é que muitas pessoas acham que estão falando sobre ciência sem dominar o assunto. “É muito triste ver coisas tiradas do nada e o povo falar que aquilo é ciência”, comenta.
Para o biólogo, além dos entraves gerados pelo próprio público, que muitas vezes acessa o YouTube para se divertir e não para buscar conteúdos educacionais, existem disputas ideológicas entre os pesquisadores que acreditam que a internet não é o lugar para falar sobre ciência e que o conhecimento deve manter-se na academia.
Pirulla também destaca que a produção do conteúdo científico é mais complicada. “É preciso pensar na aula, no roteiro. Não é só ligar a câmera”, explica. Por fim, o biólogo falou sobre a questão da constância do YouTube e que o algoritmo te obriga a produzir uma quantidade de vídeos para ser rastreado pela plataforma.
Para solucionar este problema, os produtores do Science Blog, um site que reúne diversos produtores de conteúdos de ciência, criou o canal Blá Blá Logia. Sendo assim, cada pesquisador produz um vídeo por carnal e, a cada dia, um novo conteúdo é postado na plataforma.
Sobre a rentabilidades desses canais, Pirulla falou que normalmente ela se dá pela AdSense, crowdfunding e também os cursos online, com vídeos aulas, por exemplo.
Para saber mais sobre o Pirulla, clique aqui.
Fonte: