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Por que as mulheres vivem mais do que os homens?

Mas qual o motivo para essa diferença? BBC lista motivos que explicam


Por Redação

Crédito: Pixabay

Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que a média da expectativa de vida da população mundial era de 74 anos para mulheres e de 69 anos para homens. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que a expectativa de vida ao nascer, em 2019, é de 80 anos para mulheres e de 73 anos para homens.

Com base nos dados levantados pelo Censo de 2010, a projeção do IBGE para 2018, até o ano passado, era de 0,12% da população era formada por homens com 90 anos ou mais, enquanto esse percentual era de 0,24% da população para mulheres com 90 anos ou mais.

Mas qual o motivo para essa diferença? Confira abaixo, 3 motivos apontados pela BBC como fundamentais.

1. Genética

Devido ao fato das mulheres possuírem dois cromossomos X, uma das principais hipóteses seja essa questão genética.

“Os embriões masculinos morrem em um ritmo maior que os embriões femininos”, explica o professor David Gems, do University College London. O professor acredita este é o resultado do papel que desempenham os cromossomos que determinam o sexo. As mulheres têm cromossomos XX e os homens têm cromossomos XY. Os cromossomos X contêm muitos genes que ajudam a prolongar a vida.

“Os bebês do sexo masculino têm entre 20% e 30% mais probabilidade de morrer na última etapa da gravidez. Também têm 14% mais chances de nascer prematuramente. Eles tendem a ser maiores e sofrem um maior risco de lesões durante o parto”, explica Lorna Harries, professora da Universidade Exeter, no Reino Unido.

Em outras espécies também é possível verificar como os cromossomos X podem influenciar a expectativa de vida. Ao contrário dos humanos, as aves machos têm duas cópias do cromossomo X e costumam viver mais do que as fêmeas.

Crédito: Pixabay

2. Hormônios

Outro fator bastante relevante são os hormônios. Durante a adolescência, as crianças passam pelo amadurecimento sexual (puberdade) por causa das mudanças na produção de hormônios. O estrogênio, o hormônio sexual feminino, atua como “antioxidante” no corpo, impedindo o envelhecimento das células.

Em estudos realizados com animais, as fêmeas que têm falta de estrogênio tendem a não viver tanto quanto as que mantêm os níveis de hormônio sexual feminino. Ainda de acordo com pesquisadores, o estrogênio também facilita a eliminação do colesterol ruim, ou seja: oferece certa proteção contra doenças do coração.

Diferente das mulheres, a produção de testosterona nos homens é maior, isso faz com que o corpo seja maior – e é responsável por características como a voz mais grave e o corpo mais peludo.

Nos últimos anos, foi observado que a taxa de mortalidade dos homens aumenta muito na adolescência, quando se elevam seus níveis de testosterona.

Crédito: Pixabay

3. Ocupação e comportamento

Outro fator levantado pelos pesquisadores está na cultura. Desde criança, existe um incentivo cultural para que os homens se comportem de maneira mais violenta e arriscada do que as mulheres, e isso acarreta em um peso na expectativa de vida menor.

Especialista atribuem outros fatores culturais, como os cuidados com a saúde. As mulheres entre 16 e 60 anos vão ao médico mais frequentemente do que os homens da mesma idade em muitos países.

Além disso, conjunturas regionais afetam muito esses índices. Em lugares com conflitos armados, por exemplo, a expectativa de vida masculina diminui de forma acelerada. Em contrapartida, em regiões onde a atenção médica é inadequada, muitas mulheres morrem durante o parto.

Além disso, outros fatores, como os hábitos de fumar, beber e se alimentar incorretamente também explicam a diferença em alguns países. Na Rússia, por exemplo, os homens têm expectativa de vida 13 anos menor do que as mulheres por causa do alto consumo de álcool entre a população masculina.

Por outro lado, as mulheres vivem mais e, portanto, também sofrem com uma quantidade maior de doenças nos últimos anos de vida, ou seja: viver mais tempo também tem consequências.

Crédito: Pixabay

Segundo um artigo publicado na revista biomédica Cell Press pelos pesquisadores Steven Austad e Kathleen Fischer, da Universidade do Alabama, nos EUA, “nas sociedades ocidentais as mulheres vão mais ao médico, tomam mais remédios, mas também perdem mais dias de trabalho por motivos de saúde e passam mais dias no hospital que os homens.”

Em Bangladesh, China, Egito, Guatemala, Índia, Indonésia, Jamaica, Malásia, México, Filipinas, Tailândia e Tunísia, as mulheres também têm mais limitações físicas que os homens em seus últimos anos de vida.

Estudos recentes indicam que a diferença na expectativa de vida entre os sexos deve diminuir em um futuro próximo

No Reino Unido, por exemplo, a diferença na expectativa de vida das crianças deve cair nos próximos anos. Uma pesquisa realizada pelo Imperial College de Londres aponta que a distância entre as expectativas de vida de mulheres e homens em 2030 será de um ano e nove meses na região. Atualmente, essa diferença é de três anos.

Para o professor Les Mayhew, “a queda no consumo de álcool e tabaco tem beneficiado majoritariamente os homens, que tendem a beber e fumar mais que as mulheres”.

Ainda de acordo com o docente, estudos avançados na luta contra doenças cardíacas também devem contribuir para a redução dessa diferença, já que elas costumam ser mais frequente entre os homens.

Mortes relacionadas a acidentes de trânsito também estão diminuindo em muitos países, o que também deve contribuir para aumentar o tempo de vida dos homens, que são na maioria, vítimas desse tipo de acidente.

Fonte: BBC

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