Synergy busca reduzir custos e aumentar a eficiência entre as empresas de tecnologia de Internet das Coisas
Por Renato Carvalho/SIMI
Um projeto da Fiemg em parceria com a Seva, especializada em tecnologia automotiva e gestão de frotas, pretende aumentar a competitividade entre empresas de Tecnologia da Informação (TI) por meio de compartilhamento de recursos. O Synergy, apresentado em uma reunião do Conselho de Tecnologia e Inovação da Fiemg em março, funcionará como um coworking para indústrias de tecnologia para Internet das Coisas.
Sediado em Contagem, o Synergy deverá ser inaugurada em agosto, no entanto, já conta com a operação de algumas empresas. Entre as motivações para a criação do espaço estão, o baixo número de projetos voltados à área, dificuldades em fazer trabalhos com Centros de Pesquisas e também a falta de clusters de tecnologia bem estabelecidos no país. “A gente viu uma oportunidade para apoiar empresas de tecnologia, com boas ideias e projetos. São 22 atividades ligadas à tecnologia que não têm amparo de uma infraestrutura local atendendo adequadamente e que vamos disponibilizar para o mercado”, disse o CEO da Seva, João Neves.
A ideia é aproximar plataformas de desenvolvimento, estoque e fabricação comuns. O nome faz referência clara à sinergia que as empresas buscam. “Elas vão desenvolver seus produtos, mas usando a mesma base tecnológica”, explicou Neves.
Competitividade
Para muitos, a competitividade é vista como um ponto negativo. No entanto, João Neves defende que é preciso quebrar alguns paradigmas. Em sua avaliação a competitividade faz com que haja produtos melhores e menor custo de produção. “O que cada empresa vai fazer com isso depende da visão dela e como vai conseguir explorar. Vamos dar condições para que ela desenvolva produtos inovadores e explore o mundo”, ressaltou.
Visão mundial
Em pesquisas na China, segundo o CEO da Seva, há clusters com mais de 300 empresas “competindo ferozmente”, mas em um ambiente estruturado e com fornecedores. O segredo, na avaliação dele, é ter uma visão global de seu negócio. “A menor, menos estruturada e qualificada empresa que visitamos, faturava 100 milhões de dólares. Isso porque pensa em vender para o mundo. Se pensasse o contrário, talvez morreria”.
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