Painel Startup Funding reuniu investidores no FINIT Festival para dar dicas a quem quer investir em negócios
Por Renato Carvalho/SIMI

A Arena de Negócios do FINIT Festival começou a todo vapor, com diversos conteúdos, networking e negociações entre empresas e startups. O painel Startup Funding trouxe dicas de investimentos para pessoas que têm interesse em investir em empresas em estágio inicial.
Ninguém quer jogar dinheiro fora. Então o que um novato na área precisa saber para diminuir riscos? Pedro Almeida, diretor de investimentos e inovação do Raja Valley, Henrique Brito, diretor da Construtora Ágata, e Fabiano Justino, CEO da startup Psicologia Viva e conselheiro da FCJ Participações, uma venture builder que auxilia investidores-anjo, deram diversas dicas para o público presente.
Equipe
Para começar, a equipe da startup é fundamental para a decisão de um investidor. “O investidor precisa avaliar se a equipe é bem estruturada e as soft skills, competências relacionadas à personalidade e ao comportamento do profissional, do time”, destacou Pedro.
Para Henrique Brito, um desenvolvedor é peça-chave em qualquer startup. Sem essa peça, o negócio pode ter menos chances de sucesso. “Além disso, é importante que a equipe seja altamente dedicada ao negócio. Eu não vou investir em um negócio em que as pessoas não se dediquem full time”, pontuou. Fabiano lembra que um CTO dedicado também faz a diferença.
Nicho
O trio apontou a importância de o investidor procurar negócios que tenham sinergia com o seu mercado para, assim, ter mais chances de sucesso. Além disso, é mais fácil para o investidor contribuir para o desenvolvimento de uma startup que faça parte de sua vertical.
Quanto investir?
Startups são um negócio de alto risco. Portanto, o diretor da Construtora Ágata aponta que o investidor deve destinar apenas 5% do seu capital destinado a investimentos para o negócio. “Dessa forma, o risco é calculado e vale à pena errar 10 vezes para acertar uma”, disse Henrique.
“Você não tem que dar o dinheiro que a startup quer. Você tem que entender o que a startup vai fazer com o que você vai investir”, Pedro Almeida, Raja Valley.
Como investir?
O investidor pode optar investir diretamente nas startups ou então procurar fundos como a FCJ, na qual o investidor coloca o recurso e ganha parte de todas as startups investidas pela FCJ. Esse tipo de investimento é mais seguro.
Além disso, não invista todo o seu capital em apenas um negócio. Diversifique seus investimentos. Caso não tenha muitos recursos, uma opção interessante pode ser se juntar a amigos, criar ou entrar em um pool de investimentos. Isso reduz o valor individual investido e reduz riscos.
Confira informações
Os investidores também contaram exemplos em que seus investimentos falharam e, a partir dessas experiências, eles indicam que as pessoas chequem todos os dados informados pelos membros da startup. “Fui contra minhas premissas e não chequei a veracidade das informações. Retirem qualquer emoção da decisão. Não tenham medo de pedir contratos”, contou Henrique.
Dedique seu tempo
Henrique apontou que dedica parte do seu tempo apoiando as startups em que investiu. Em um projeto em estágio inicial, ele tem uma participação maior e tenta estar o máximo possível próximo para dar suporte aos empreendedores. “Dedico de dois a três meses com um trabalho mais intenso até formular melhor o negócio e depois faço, no máximo, uma reunião por semana, seja presencial ou por Skype”, contou.
Confira fotos da Arena de Negócios:
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