Head of Customer Sucess da startup brasileira Pipefy, que já nasceu global, dá dicas sobre internacionalização
Por Renato Carvalho/SIMI
Em um mundo globalizado e tecnologicamente conectado, as barreiras são bem mais fáceis de serem vencidas. Mesmo assim, empreendedores brasileiros receiam em expandir seus negócios para além das fronteiras tupiniquins.
Um exemplo que pode ser seguido e inspirar empresários é a Pipefy, startup brasileira para gestão de produtividade. A empresa já nasceu global, oferecendo serviços para clientes de todo o mundo graças à tecnologia, que permite operar do Brasil, mas oferecendo serviços em nuvem para os usuários.
“O maior desafio para internacionalizar é ter um produto que está pronto para competir em escala global. E para isso é preciso oferecer uma experiência melhor do que o que já é oferecido lá fora”, disse o head of Customer Sucess da Pipefy, Felipe Engelhardt. Ele alerta que quando se trata de tecnologia, muita coisa boa já é feita, então é preciso ter a sensibilidade de entender onde é possível entregar valor e ter vantagem competitiva frente às outras soluções.
“Preocupe-se em ter como padrão de comparação os melhores players, as melhores soluções, as melhores experiências dos usuários que são oferecidas em outras ferramentas na internet”. Felipe Engelhardt – Head of Customer Sucess da Pipefy
Global desde o início
Felipe acredita que começar uma empresa já abrangendo um mercado global permite que o empreendedor enfrente os maiores desafios desde o início. O contrário – primeiro enfrentar os menores para depois os maiores – pode ser mais difícil. “Ter uma empresa adaptada ao mercado local pode tornar difícil transitar para um mercado global”, disse.
“Se desde o começo você já estiver levando pancada, ganhando feedbacks de clientes exigentes, perdendo clientes para outros competidores, você aprenderá a se adaptar desde o momento zero. Você encara a competição, de fato, com o que de mais você tem”, avalia Felipe.
Conselho
Para o empresário que já possui uma empresa consolidada no mercado nacional e tem medo de internacionalizá-la, Felipe revela que não há receita a ser seguida. É preciso ‘dar a cara à tapa, mas conhecer o mercado, entender a dor existente e a sua capacidade de solucionar o problema”.
O head da Pipefy conta que a startup ‘venceu’ o impossível, conseguindo ser usada em 150 países, ser aceita na aceleração da 500 startups, do Vale do Silício, e conquistar investimentos de fundos relevantes. “Isso era impossível, mas o impossível é relativo. Para os americanos, pensar global é natural, eles criam os negócios sem que aquilo seja ‘impossível’”, disse.
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