Mesa-redonda promoveu, durante a Semmap, um debate de alto nível sobre a inovação, seus desafios e seu futuro
Por Renato Carvalho/SIMI
Em grande estilo e com um debate bastante construtivo, o Sistema Mineiro de Inovação (SIMI) comemorou seus 10 anos durante a Semana Prof. Marcos Pinotti de Engenharia e Inovação (SEMMAP). O evento está sendo realizado na Escola de Engenharia da universidade, até 26 de maio.
A mesa-redonda contou com a participação de referências do ecossistema mineiro de inovação. O direitor da Escola, Alessandro Moreira, mediou o bate-papo entre o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedectes, Leonardo Dias, o presidente da Fapemig, professor Evaldo Vilela, e o diretor-executivo do Centro de Inovação e Tecnologia SENAI/FIEMG, professor José Policarpo.
Os representantes da tríplice hélice – governo, academia e mercado – falaram sobre a evolução, desafios e o futuro da inovação. Inicialmente, o trio destacou a importância do SIMI, sua atuação e contribuição para o ecossistema. “Todos os dias acontecem coisas legais no estado e na cidade. Hoje, o SIMI faz essa integração entre as instituições e divulga as informações para a sociedade”, disse o subsecretário.
TVSimi
Confira o vídeo produzido pela TVSimi para comemorar os 10 anos:
Desafios
Para Policarpo, o grande desafio para o desenvolvimento da inovação no Brasil é jurídico. O professor Evaldo Vilela concordou com a questão e acrescentou que é preciso abrir o país. “A cadeia produtiva precisa girar. O Brasil não exporta nada digital. Temos que importar muito para aprender e poder exportar também”, complementou.
Já Leonardo aponta que um dos grandes desafios é levar a inovação aos jovens. “Nossos filhos nascem empreendedores, mas a gente vai tolhendo-os. Por isso, o Governo de Minas Gerais está com diversos programas de fomento ao empreendedorismo”, disse.
Expansão da Inovação
O presidente da Fapemig acredita que é preciso mais assertividade no ecossistema. “Devemos apurar melhor o fomento para melhorar resultados”, apontou. Já Policarpo defende que é preciso uma modificação estrutural para que micro, pequenas e médias empresas tenham mais apoio. “Minas Gerais precisa aprender a cacarejar e mostrar o que é feito”. Além disso, ele acredita que é preciso acabar com a dicotomia entre a universidade e a indústria para que a sociedade avance.
O subsecretário destacou a Trilha Mineira da Inovação (TMI), que será lançada na próxima terça, 30 de maio, vai facilitar o caminho do empreendendorismo no estado. A TMI é uma iniciativa de várias instituições e será hospeadada no SIMI.
Futuro
Para o futuro da inovação, Policarpo apontou que o Brasil precisa perder “o complexo de vira-lata” e aceitar as coisas boas que vêm de fora. Já Leonardo Dias acredita que o futuro no governo é transformar programas em sustentáveis. “Queremos, cada vez mais, fazer para as pessoas. Toda nossa posição é valorizar o que temos em MG e posicionar o estado como cenário mundial, além de tornar as ações autossustentáveis”, avaliou.
O professor Evaldo aposta na criatividade do brasileiro, mas não vê um progresso a curto prazo. “Precismos de um alinhamento. As instituições têm que se organizar e ter uma missão única em prol de um objetivo.”
Pinotti
Além de promover o debate, o SIMI fez um tributo ao professor Marcos Pinotti, grande companheiro e incentivador da inovação em Minas Gerais. Os palestrantres e o professor Marcus Vinicius Lucas Ferreira, amigo e primeiro aluno de biomedicina de Pinotti, receberam uma homenagem do SIMI.
Marcus relembrou a dedicação de Pinotti para com a inovação. “Ele sempre esteve muito aberto aos estudantes com boas ideias e sempre se empenhou em ajudar o desenvolvimento do empreendedorismo e inovação na universidade.”
Veja o vídeo da produção da homenagem:
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