CEO fala sobre vocação e metas da plataforma que atua como comunidade de perguntas e respostas
Por Redação
Você já se sentiu constrangido ao levantar a mão em meio à aula para tirar uma dúvida com o professor? Para estudantes mais introvertidos, isso pode parecer um grande pesadelo. Muitos deles acabam retornando para casa com essas dúvidas, o que dificulta o aprendizado.
Esses estudantes poderiam ser o público alvo da startup polonesa de educação Brainly, mas o CEO, Michael Borkowski, garante que o objetivo da empresa é conectar estudantes de vários países, independentemente de sua personalidade. A startup é uma espécie de rede social de educação destinada a estudantes do ensino fundamental, médio e superior, onde o próprio usuário é o protagonista. Na comunidade online de perguntas e respostas, os próprios estudantes perguntam e fornecem as respostas. Sem constrangimentos.
Para engajar os colaboradores, foi criado um sistema de pontuação que gera um ranking. Assim, quem responde perguntas ganha pontos e a melhor resposta – escolhida pelo autor da pergunta – soma ainda mais pontos. Atualmente, a plataforma conta com 80 milhões de usuários mensais no mundo todo, sendo 7 milhões deles residentes no Brasil, segundo a própria startup.
Diariamente são submetidas cerca de 100 mil perguntas, com questões separadas por disciplinas, entre elas matemática, história, geografia, português, física, sociologia e com categoria dedicada exclusivamente ao Enem.
No Brasil, a Brainly deu início a uma operação pequena há poucos meses, da mesma forma iniciou presença local no México e com planos de abrir, em breve, escritório em Barcelona. Atualmente, a plataforma está presente em mais de 35 países e com escritório na Cracóvia e em Nova York.
Segundo o CEO, o Brasil é um mercado gigantesco. “Quando você vê os números de pessoas que vivem aqui, o número de estudantes que tem acesso à Internet fica bem claro para qualquer companhia que esta região é muito importante. Uma das nossas prioridades enquanto é como sair dos 80 milhões para centenas de milhões de usuários o mais rápido possível e você não pode atingir isso sem estar no Brasil e na América Latina”, ressalta.
Democratização do ensino
Além da versão para desktop, o Brainly conta com aplicativo (Android e iOS) e seu uso é gratuito.
Um dos desafios de plataformas como o Brainly está na curadoria das informações. Afinal, como afirmar se uma resposta está certa ou errada? De acordo com a startup, esse trabalho é avaliado por uma série de moderadores, estudantes e professores voluntários do próprio Brainly.
A startup aposta na personalização do ensino e para isso tem estabelecido parcerias com universidades nos Estados Unidos para desenvolver algoritmos que facilitem e promovam o aprendizado, um projeto que se encontra em andamento. Ao mesmo tempo, Borkowski afirma não querer deixar de lado uma das principais vocações do aplicativo: o social.
O CEO afirma que a visão da startup é dar acesso a educação personalizada a estudantes do mundo todo e inspirar aqueles a aprenderem em uma comunidade colaborativa. “É uma missão a longo prazo que nunca termina”, finaliza.
Fonte: IDGNOW