Novelty pretende lançar produto para atender também pessoas com Alzheimer e para animais de estimação
Por Redação

Criança é muito agitada e se distrai facilmente durante as brincadeiras. É muito comum encontrar relatos de pais que perderam o filho de vista por alguns minutos em locais públicos. Após vivenciar uma situação como essa, tão comum, principalmente nos períodos de férias e que deixa qualquer pai desesperado, o empresário Renato Rodrigues começou a buscar em sua área de atuação uma tecnologia capaz de evitar que outras famílias passem pelo mesmo susto.
Conhecido como MCare, o projeto foi o primeiro a ser aprovado no edital contínuo de incubação lançado em 2016 pelo Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Com a aprovação, a Novelty, empresa criada por Rodrigues e seu sócio, Eliton Lopes, inicia este ano sua experiência na Incubadora de Base Tecnológica (IBT), onde vai desenvolver tecnologias, inserção dos produtos no mercado e sua consolidação.
O empresário explica que o interesse em criar algo nesse campo surgiu quando ele perdeu o filho de vista durante um passeio na praia. “Minha mulher ficou na barraca para garantir que ele nos localizasse se tentasse voltar, enquanto eu saí procurando”, revela.
Felizmente, minutos depois, o garoto foi encontrado com uma senhora e mais duas crianças perdidas. “Passado o susto, cheguei à conclusão de que ali havia uma demanda e começamos a ter ideias sobre como a tecnologia poderia ser uma aliada para atendê-la.”
Pessoas com Alzheimer e animais de estimação serão beneficiadas
A ideia inicial é destinada a crianças, mas o CEO pretende expandir o projeto para uso em pessoas com Alzheimer e em animais de estimação.
De acordo com Rodrigues, ao estudar as possibilidades de atuação, a empresa identificou outros casos em que essa demanda está presente, como de pessoas com a doença de Alzheimer e animais de estimação, que também podem ser monitorados para evitar que se envolvam em situação semelhante.
No entanto, o empresário afirma que o foco da empresa desde sua criação, em 2014, são as crianças. “Decidimos trabalhar com um nicho por vez. Já temos um modelo em desenvolvimento que conecta a pulseira no pulso da criança ao celular dos pais via Bluetooth e estamos trabalhando em outro que utiliza um sistema de posicionamento via satélite (GPS). Por meio do Edital de Inovação Senai/Sesi, recebemos suporte no desenvolvimento do hardware e no design do produto final, que está sendo testado nesta semana”, comenta.
Fonte: UFJF