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Tecnologia para tratamento de esgoto pode solucionar déficit de saneamento

Seminário na UFMG destacou o sistema Wetlands Construídos, seus benefícios e possibilidades


Por Renato Carvalho/SIMI

Segundo dados do Instituto Trata Brasil, apenas 42,67% dos esgotos são tratados no Brasil. A maior parte das cidades que conta com o serviço está em grandes centros urbanos, com mais de 100 mil habitantes. Enquanto isso, diversos municípios de até 15 mil habitantes, que são a maioria no país, não têm um sistema de tratamento adequado.

Esse problema foi um dos aspectos debatidos no 2º Seminário Wetlands Construídos – tratamento e aproveitamento de efluentes e lodos, que ocorreu na Escola de Engenharia da UFMG. No encontro, que reuniu centenas de participantes, os palestrantes apresentaram os benefícios da tecnologia Wetlands e as possibilidades para aumentar o acesso a esgoto tratado.

Segundo André Baxter Barreto, gestor executivo da empresa Wetlands Construídos,  a tecnologia é um método eficiente e mais natural para o tratamento de esgotos. “É uma técnica de tratamento de água, efluentes e lodos, que utiliza um meio filtrante composto por materiais granulados de diferentes faixas granulométricas, como britas, areias, escória de alto forno, agregados e vegetação”, explicou.

Além de sua simplicidade construtiva e operacional, o sistema conta com boa resistência à variação de vazão e de concentração de poluentes. “O sistema pode ser composto como um projeto arquitetônico, de paisagismo. É uma das poucas tecnologias de tratamento que é bonita”, disse André.

Solução

O método é indicado para baixas faixas populacionais, em cidades de até 20 mil habitantes e, consequentemente, uma solução simples para elevar o número de comunidades com acesso ao tratamento de esgoto. Apesar disso, o método não é tão difundido no Brasil como em países da Europa. “Acho que é uma questão cultural, sócio-política, econômica e histórica no Brasil de dar pouca atenção ao tema”, opinou.

Custo

O custo não é alto, segundo indica o gestor. Comparado a outras tecnologias de tratamento, o sistema Wetlands “é competitivo”. Em se tratando de operação, o custo é mais baixo que outros, por ser um sistema que se autorregula e que exige apenas um operador e a frequência de manutenção ser pequena.

Veja o vídeo de um exemplo de um sistema Wetlands:

Fonte:

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