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UFMG define estratégias de atuação em Brumadinho

Estratégia foi definida em reunião com integrantes do Programa Participa


Por Redação

Cerca de 70 dirigentes, pesquisadores e técnicos estiveram reunidos na Reitoria
Crédito: Foca Lisboa / UFMG

Representantes de núcleos de pesquisa e extensão de diversas áreas da UFMG se reuniram ontem, dia 28, e definiram estratégias de curto, médio e longo prazos para a comunidade de Brumadinho, atingida na última sexta-feira pelo rompimento da barragem do Feijão, da Vale.

Em médio e longo prazos, serão formados grupos de trabalho por temas, e as pró-reitorias acadêmicas (Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão) lançarão editais de apoio financeiro a projetos destinados à população e ao meio ambiente.

A Universidade já trabalha para aprimorar um banco com informações sobre os profissionais e estudantes disponíveis para ações de apoio e vai oferecer transporte para os grupos que já estão trabalhando na região. Integrantes do Programa Polos de Cidadania, vinculado à Faculdade de Direito, já iniciaram atendimento psicológico e sociojurídico às famílias, e a comunidade da Escola de Veterinária já prepara atendimento na região e também no hospital da unidade, no campus Pampulha.

A pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, afirmou que a atuação da UFMG será fundamentada, sobretudo, na ética e na defesa dos direitos humanos. “Nossa colaboração vai aproveitar o que temos de melhor, sempre com base na articulação de saberes e em harmonia com outros atores. E teremos sempre a preocupação de nos aproximar de forma cuidadosa, respeitando o luto e a consternação da comunidade e das famílias”, disse.

Outras ações estão sendo organizadas em áreas como a de análise de qualidade da água, aprimoramento das relações de trabalho nas empresas mineradoras e compreensão do desastre com base nas tecnologias de mineração – um workshop com esse tema será realizado na próxima terça, dia 5, na Escola de Engenharia.

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), que é administrado pela UFMG, acionou, na sexta-feira, seu protocolo de catástrofes para atender vítimas do rompimento da barragem. Entre outras medidas, o protocolo prevê a reavaliação de todos os pacientes da unidade com possibilidade de alta hospitalar para os casos de menor gravidade.

Uma nova reunião será realizada na próxima segunda-feira, 4 de fevereiro, às 14h, no Centro de Atividades Didáticas 3 (CAD 3), do campus Pampulha. O objetivo é estruturar grupos de trabalho para ações de médio e longo prazo. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail participaufmg@ufmg.br.

Mariana

Em 2015, a Universidade lançou o Programa Participa UFMG, logo após o rompimento da barragem da Samarco, localizada em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana. Trata-se de uma iniciativa de engajamento em questões relativas ao pós-desastre que recebeu a adesão de 60 professores que atuam com ensino, pesquisa e extensão.

Em três anos, foram desenvolvidas ações que vão da recomposição da mata ciliar até a preservação da memória afetiva dos moradores prejudicados pelo rompimento. Outra frente de trabalho é o Observatório Interinstitucional de Mariana-Rio Doce, resultado de parceria com as universidades federais de Ouro Preto (Ufop) e do Espírito Santo (Ufes).

As experiências dessas e outras iniciativas foram lembradas durante a reunião de segunda-feira e serão fundamentais para definir novas estratégias para o rompimento da barragem de Brumadinho.

Fonte: UFMG

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