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UFMG desenvolve espuma que absorve agrotóxico dos alimentos e da água

De acordo com pesquisadores, a espuma extrai quatro pesticidas sem afetar nutrientes


Por Redação

Marys Lene Braga patenteou a espuma em julho de 2017
Crédito: O Tempo/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conseguiram desenvolver uma espuma capaz de detectar e absorver herbicidas da água e dos alimentos. O material produzido pelos próprios pesquisadores, usando como matéria-prima os resíduos da indústria petroquímica (catalisador de petróleo) e componentes naturais, como o óleo de mamona, deu origem a um material com “grupos químicos que facilitam essa interação com o pesticida”, ou seja, com propriedades para que a espuma identifique apenas agrotóxicos, explica Marys Lene Braga, engenheira química e pesquisadora pós-doutoranda da UFMG.

Para validar o produto, foram realizados testes com quatro pesticidas que são usados com mais frequência (organoclorados, clorobenzeno, atrazina e trifluralin). Os pesquisadores também realizam exames para verificar se a espuma não extraía também os nutrientes dos alimentos, e ambos os resultados foram satisfatórios. Ou seja, a espuma conseguiu retirar os agrotóxicos dos alimentos sem comprometer suas propriedades nutricionais. De acordo com Marys Lene, a eficiência da espuma com resíduo gira em torno de 70% e com o resíduo puro chega a 95% de remoção do pesticida.

Em outro momento, de acordo com o professor Rodrigo Oréfice, do Laboratório de Engenharia de Polímeros e Compósitos (Lepcom/UFMG), foi analisada a capacidade de recuperação da espuma. “Fizemos a imersão dela em meio aquoso (água com ácido e o pH mais baixo) e conseguimos extrair o contaminante e recuperar a espuma para nova utilização. Dessa forma, o contaminante fica contido, podendo gerar outros produtos ou ser destinado mais corretamente”, explica. A espuma resistiu a cinco ciclos de reutilização sem chegar a saturar.

As pesquisas em torno da espuma já duram dois anos e o trabalho foi publicado este ano, em março, no “Journal of Hazardous Materials”.

A patente do produto já está publicada desde julho de 2017. Agora, os pesquisadores esperam que o estudo abra portas para o setor produtivo e para as empresas.

Fonte: O Tempo

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