Universidade avança na pesquisa com biomateriais, que simulam ou repõem funções afetadas por lesões, traumas ou doenças
Por Redação

Uma equipe multidisciplinar da UFMG desenvolveu um hidrogel com atividade antibacteriana capaz de substituir tecido epitelial em pacientes com queimaduras e outros danos graves à pele, como úlceras decorrentes do diabetes. O biomaterial está descrito em artigo publicado neste mês em um importante periódico internacional na área de macromoléculas biológicas.
O trabalho faz parte da tese de doutorado de Nádia Capanema, graduada em odontologia e mestre em ciência e engenharia de materiais pela UFMG e também soma esforços de pesquisadores das áreas de engenharia, veterinária, ciências biológicas, química e física. Para o orientador da pesquisa, professor Herman Mansur, todos os resultados alcançados com biomateriais são frutos da conjunção de competências, na fronteira entre campos diversos do conhecimento.
A pele é o maior órgão do corpo humano e pode sofrer danos por acidentes, traumas ou falhas genéticas. Desta forma, o hidrogel pode ser usado como bandagens para substituição do tecido epitelial e é composto por redes poliméricas estáveis para reter enorme quantidade de líquidos e, assim, ser capaz de substituir uma das funções da pele.“Muitas pessoas queimadas morrem de insuficiência renal porque o rim não consegue fazer a troca de fluidos”, explica Herman Mansur.
O produto também atua como uma fronteira física contra bactérias e fungos, que causam graves infecções e podem levar à septicemia e à morte. “Acrescentamos nanopartículas de prata que, na dosagem certa, têm atividade antimicrobiana”, acrescenta Mansur.
A publicação pode ser encontrada aqui.
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