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UFU cria tecnologia que auxilia na comunicação de adolescente com deficiência motora

Jovem consegue navegar pela internet apenas com o movimento dos olhos


Por Redação

Crédito: UFU/Divulgação

Anna Vitória Pereira Pontim, de 13 anos, é a primeira pessoa a utilizar um sistema de comunicação assistiva que possibilita navegar na internet apenas com o movimento dos olhos. O sistema de comunicação, criado por estudantes do curso de Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), está em teste há quase um mês. 

“Com o programa instalado no notebook ela consegue assistir a vídeos e séries como qualquer pessoa. Agora a Anna acessa a internet quando ela quer, o sistema possibilitou mais independência para minha filha”, conta a mãe da garota, Graziela Pontim.

Anna nasceu com atrofia muscular espinhal, doença rara que causa fraqueza muscular. Ela necessita de um aparelho respiratório e, por isso, toda sua educação é feita em casa.

Segundo Pontim, as aulas estão sendo adaptadas ao novo programa de comunicação. “Agora ela poderá escrever, através do computador, as respostas das provas. Antes de receber o software ela falava as respostas e a professora transcrevia”, relata.

Desenvolvimento e testes

Eduardo Lázaro Martins Naves, professor e orientador do projeto do Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA) da UFU, conta que a escolha da adolescente se deu pela sua condição física limitante. “A Anna foi escolhida por ter uma deficiência motora grave e não ser capaz de operar o mouse tradicional do computador e também por ter deficiência de fala. Então ela se encaixa perfeitamente no que o software pode oferecer,” contou.

Desenvolvido no laboratório da universidade, o projeto, que teve um custo de cerca de R$ 3 mil, contou com a participação de cinco alunos e um orientador. O sistema levou mais de quatro meses para ser adaptado às necessidades da garota.

“Nós instalamos um software no notebook, que consiste em um teclado virtual e as funções do mouse. Também foi instalado um sensor infravermelho que capta os movimentos dos olhos. A junção dos dois possibilita que a Anna navegue na internet e construa frases”.

Agora, os pesquisadores pretendem adequar a cadeira de rodas motorizada pelo controle do globo ocular para Anna Vitória, projeto que também já vem sendo desenvolvido pelo laboratório desde 2004. Além disso, o grupo tem o objetivo de criar uma startup de tecnologia assistiva que envolva diversos produtos tecnológicos para auxiliar pessoas com deficiência.

“Isso inclui tanto um sistema de comunicação alternativo como outros dispositivos como os smartphones onde a pessoa consegue controlar a iluminação da casa, por exemplo”, explica o professor.

Sobre o Núcleo da UFU

O Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA) da Universidade Federal de Uberlândia é um grupo de pesquisadores e estudantes das áreas de engenharia e da saúde, que desenvolvem tecnologias para auxiliar pessoas com deficiência, idosas ou com mobilidade reduzida.

O grupo já desenvolveu simuladores para treinamento de cadeirantes e tecnologias alternativas ao joystick, controlado através do movimento dos olhos.

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Fonte: G1

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