A pesquisa foi realizada em parceria com UNICAMP, USP, UFOP e Universidade de Rochester
Por Da Redação

A UNIFAL-MG, em parceria com UNICAMP, USP, UFOP e Universidade de Rochester, teve suas duas primeiras cartas-patentes concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). As invenções patenteadas consistem em compostos antimicrobianos e anti-inflamatórios que podem ser adicionados a formulações de uso oral para prevenção e tratamento de cáries dentais, inibição da formação da placa dental e gengivites. Os estudos foram realizados por um grupo de docentes que há mais de 20 anos busca descobrir moléculas ativas em produtos naturais, dentre eles o bacupari e a própolis brasileira, que permitiram a identificação das substâncias.
A concessão da carta-patente é a etapa final do processo de proteção da invenção e significa o atendimento de todos os pré-requisitos de patenteabilidade. O trâmite, que no Brasil leva em torno de 10 anos, tem início com o depósito dos pedidos, sendo que o da 1ª patente, “Uso do composto isolado 7-epiclusianona para preparar formulação oral antimicrobiana e formulação oral obtida a partir do composto”, foi feito pela Agência Inova da UNICAMP em agosto de 2006 e a carta foi expedida pelo INPI em julho deste ano. Já o depósito da 2ª patente, “Composição contendo vestitol e neovestitol e seus usos”, foi realizado pela Agência de Inovação da USP, em dezembro de 2012 e a carta foi expedida em setembro de 2019.
O professor aposentado da UNICAMP e visitante do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da UNIFAL-MG, Pedro Luiz Rosalen, é um dos inventores e acredita que a patente só foi possível devido ao trabalho em conjunto com outras instituições. “O importante é destacar que a pesquisa tem que ser feita com integridade, ética e de forma multidisciplinar. A gente só conseguiu chegar a isso por que nós trabalhamos em no mínimo três instituições”, afirmou.
Já o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF/UNIFAL-MG), Masaharu Ikegaki, um dos inventores da 2ª patente, que envolve a própolis vermelha, relembra que tudo começou com uma aluna de iniciação científica que obteve resultados interessantes e a partir daí o docente da USP, Severino Matias de Alencar, e o Prof. Pedro, também iniciaram estudos aprofundados. “Essa formação de recursos humanos talvez seja a mais satisfatória, pois ver onde esses alunos estão, onde eles chegaram, é gratificante. Esse trabalho da própolis vermelha, acho que de todos os trabalhos que eu tenho, é o mais citado. É um artigo muito importante. Fora os desdobramentos, pois há uma outra carta-patente em trâmite derivada desta”, disse.
Visite o site da Unifal e saiba mais sobre a pesquisa.
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/portal/2019/11/11/unifal-mg-obtem-cartas-patentes-de-substancias-que-at