Propostas foram discutidas na última semana por dirigentes da UFMG, Ufop, UFSJ, UFVJM e Sesu
Por Redação

Quatro instituições mineiras federais de ensino superior em Minas Gerais foram selecionadas pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) para realizar projetos de desenvolvimento regional no Estado. A intenção é aproximar instituições de ensino superior, centros de ciência, tecnologia e inovação, poder público e microempresários para qualificar negócios em diferentes cadeias econômicas. A iniciativa envolve a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
A participação da UFMG se dará, inicialmente, por meio da análise e da certificação de produtos da apicultura no Norte de Minas, com a atuação direta do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros. O projeto vai de encontro à proposta de inserir a UFMG no contexto das cidades onde nossos campi estão localizados, para que possamos desenvolver projetos inovadores com impacto social, explica a reitora Sandra Goulart Almeida.
“Estamos em diálogo com as instituições para identificar agendas de atuação que possam estruturar as comunidades para desenvolver atividades mais valorizadas, que permitam geração de emprego e renda e favoreçam a inclusão social e produtiva”, explicou o titular da Sesu, Paulo Barone. De acordo com ele, os projetos são de baixo custo, pela sua própria natureza, mas têm uma característica muito importante: “pequenos valores alocados podem produzir grandes resultados para comunidades que ainda não têm sua atividade produtiva estruturada”, destacou.
Segundo o secretário da Sesu, projetos-piloto já foram implantados em outros estados, como as unidades dos Centros de Desenvolvimento (CDRs) em Bagé (RS), Campina Grande (PB) e Itapeva (SP). A ideia é implantar, no futuro, um CDR na região do Triângulo Mineiro, que beneficiará estados que fazem fronteira com Minas, como Mato Grosso do Sul e Goiás.
Universidades atuaram de acordo com a demanda de cada região
“Tínhamos demandas de micro e pequenas empresas e de associações que estavam localizadas nas imediações dessas universidades, com a possibilidade de atendimento com resultados muito rápidos”, relatou o chefe de gabinete da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), Diogo Santos.
A UFVJM, por exemplo, dará suporte a pequenas fábricas locais. Segundo o reitor Gilciano Saraiva Nogueira, ai deia é trabalhar um conceito pragmático com relação à extensão e à pesquisa, voltado para o desenvolvimento de Minas Gerais. “Queremos aproximar a universidade das condições que propiciam aumento de arrecadação e geração de empregos”, disse . Já a UFSJ atuará junto ao setor de móveis rústicos e de artesanato na região do Campo das Vertentes. “A proposta é reforçar o arranjo produtivo existente, dando a ele forma e conteúdo”, resumiu o reitor Sérgio Cerqueira.
A Ufop, por sua vez, atuará na qualificação dos artesãos que trabalham com pedra-sabão na região de Ouro Preto, desde a liberação ambiental para o acesso à matéria-prima até a conscientização sobre o uso de equipamentos de proteção individual para garantir a segurança no trabalho e proteção à saúde. Para a reitora Cláudia Aparecida Marliére de Lima, o projeto é a oportunidade que a Ufop tem de mostrar que pode contribuir com seu conhecimento, com sua forma de atuação, de forma complementar aos poderes públicos constituídos, seja por meio do estado e até do próprio município, para que esses projetos proporcionem benefícios para a sociedade local e regional.
Fonte: UFMG