Banheiros químicos foram equipados para recolher o material
Por Redação

Agora que o carnaval acabou, chegou a hora de arrumar a bagunça deixada nas ruas da cidade. Assim como os confetes e serpentina têm um descarte correto, parte da urina dos foliões de Belo Horizonte, dessa vez, não será jogada no esgoto. O projeto-piloto do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG transformará a urina e fezes em fertilizantes.
Para isso, em vários pontos de Belo Horizonte funcionaram durante todo o carnaval banheiros químicos especialmente montados para recolher urina de forma apropriada, equipados com coletores especiais que foram monitorado por técnicos da própria universidade. Os banheiros químicos estavam devidamente identificados, diferenciando-se dos demais espalhados pela cidade, e os técnicos da UFMG explicavam ao público qual a finalidade e a forma de transformar a urina em um produto altamente positivo.
De acordo com a universidade, a urina humana não tem apenas resíduos descartáveis. Em cada litro de urina, há pelo menos 300 microgramas de fósforo, substância essencial, entre outras aplicações, na agricultura, pois garante a saúde e o crescimento das plantas.
Toda a urina recolhida foi armazenada para ser enviada para o Departamento de Química da UFMG, onde o fósforo será devidamente separado das substâncias que não interessam, higienizado e tratado da forma adequada. Em seguida, esse fósforo, pelo menos 12 quilos, segundo estimativas do departamento, já desinfetado e purificado, será utilizado na produção de fertilizante, em praças e jardins da capital mineira.
A iniciativa, uma parceria da UFMG e da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). Posteriormente, a ideia é ampliar o processo e aproveitar cada vez mais a urina de habitantes tanto de Belo Horizonte quanto de outras cidades brasileiras.
Fonte: