Bicicleta adaptada de BH faz sucesso com público; se você pedalar para fazer seu suco ou seu café sai mais barato
Por Franco Serrano/SIMI
BiciRangos faz sucesso em BH – Foto: divulgação
O DJ Luiz Valente, de 36 anos, levou uma ideia para apoiar o tradicional Bloco da Bicicletinha, do carnaval belo-horizontino, ele converteu duas bicicletas de carga para gerarem energia com o pedal, acionando assim, um liquidificador e um moedor de café, nascendo assim a #PedalEspresso e a #CicloSuco, as BiciRangos.
A história de Luiz e suas bikes começaram em 2013, em paralelo com um outro projeto, o AUTO Sound System, que é um sistema de som também movido a pedaladas e energia solar, que contribui com seu trabalho como DJ, após o bloco, o DJ foi influenciado pelo projeto Maya Pedal da Guatemala (http://www.mayapedal.org/) onde ocorreu a evolução da ideia: “Em 2015 reformei as duas e criei em parceria com um serralheiro em Belo Horizonte o mecanismo que transmite a força mecânica das pedaladas para o moedor de café na #PedalEspresso e para o liquidificador manual na #CicloSuco” explica o inventor.
As magrelas estão circulando na capital mineira desde setembro de 2015 “Consegui os recursos para realizar este projeto, juntamente com o apoio do edital de participação na Virada Cultural 2015 para construir as bikes. Acabou então que concretizei esses dois projetos (Bicirangos e AUTO Sound System) paralelamente e em um prazo muito curto, uma vez que as duas praticamente se completam” confirma Luiz.
Segundo Luiz, a ideia de transformar esta invenção em uma empresa vem acontecendo de forma natural, e tem como objetivo muito mais torná-las sustentáveis economicamente e divulga-las seguindo os conceitos de open source – para que mais pessoas possam construir máquinas similares para uso em seu dia a dia – do que simplesmente encará-las como uma fonte de renda ou vende-las como um produto.
Sucesso com o público
Mesmo ainda engatinhando em termos de divulgação, criação de identidade visual e profissionalização do serviço prestado, o empreendedor afirma que o projeto vai evoluindo e recebendo carinho e um retorno muito positivo de quem se deparou com o projeto. “Tudo foi feito mais com um intuito lúdico, uma simples vontade de ver uma “invenção” sua se tornar realidade, além é claro da minha participação no bloco, meu envolvimento com o cicloativismo, meus ideais de ocupação inteligente dos espaços públicos, mobilidade urbana e minha atuação com DJ”.
Outra vantagem é a relação diferenciada de consumo entre a Bicirangos e os clientes, que participam efetivamente da construção do produto que estão comprando ao pedalar para bater seu próprio suco ou para moer seu café fresquinho: “Quem pedala ainda ganha de quebra um desconto no preço final, acredito que essa sensação de envolvimento causa impacto e aproximação com o consumidor, e muita gente vem buscando essa relação mais próxima e consciente com o que se compra” conclui.
O futuro das Bicirangos
Luiz não considera a Bicirangos uma startup, porém ele tem consciência de que precisa buscar parceiros e investidores para fazer sua ideia avançar com o projeto “Nós queremos crescer de forma orgânica com parcerias e apoios na área cultural e educacional, voltados mais para o conceitos de trabalho coletivo, DIY, Hacking, entre outros. Estamos abertos para ouvir propostas, principalmente as que tenham cunho educacional e cultural. O objetivo agora é tentar circular com esses dois projetos pela cidade, estado e país” finaliza Luiz.
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