Projetos piloto já estão em funcionamento em Mariana (MG) e no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte
Por Paula Isis/SIMI
Dengue, chikungunya e zika são vírus que vem colocando a saúde pública em alerta. Com o objetivo de auxiliar no combate ao vetor, o mosquito Aedes Aegypti, a startup mineira Communitor desenvolveu uma solução em sistema de informação que realiza o mapeamento dos pontos de foco utilizando ovitrampas.
As ovitrampas são armadilhas instaladas para coletar os ovos do mosquito. A partir dessa coleta, a Communitor cadastra e gerencia os dados geográficos de posicionamento das armadilhas, gerando assim, mapas e relatórios sobre a situação populacional do Aedes.
Com a solução da Communitor, os dados que demoravam cerca de dois meses para serem gerados são disponibilizados em até 48 horas. Segundo a CEO da startup, Helena Gomes, essa solução garante precisão e rapidez de informações sobre os níveis de infestação do vetor, em razão do georreferenciamento das armadilhas, da contagem automática dos ovos por visão computacional e do cruzamento e apresentação dos resultados de modo gráfico.
Ainda de acordo com Helena, as informações coletadas possibilitam a tomada consciente e eficaz de decisões que resultam em ganhos para a saúde da população monitorada, além de economia de recursos com tratamento de saúde.
A partir dos resultados, os gestores públicos e privados serão capazes de avaliar as ações de combate ao vetor, planejar o melhor o tipo de ação ou campanha a ser aplicada, tais como mutirões de limpeza, fornecimento de materiais para proteção ou vedação de depósitos e direcionamento das equipes de saúde comunitária e de assistência básica.
Projetos pilotos
Atualmente, a Communitor está desenvolvendo projetos pilotos em parceira com o município de Mariana (MG) e outro em parceria com a Infraero no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
“O projeto piloto que estamos executando há mais tempo é o de Mariana, e já nos apresentou resultados extremamente significativos”, afirma. De acordo com Helena, a geração de relatórios e mapas de contagem é feita no mesmo dia da coleta, e os dados são enviados à Secretaria Municipal de Saúde para tomada de decisões de controle.
Este monitoramento já permitiu a redução em cerca de 56% da população de Aedes onde as ovirtrampas foram instaladas.
Expansão
A Communitor conta com uma equipe de quatro pessoas e desenvolve seus trabalhos com recursos próprios. Helena explica que a startup está em fase de expansão de mercado, buscando novas parcerias e atuação em novos municípios. Além disso, a equipe reuniu um grupo de startups que também participaram do Lemonade BH02 para dar continuidade ao desenvolvimento dos negócios.
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