Niklas Zeenstrom, co-fondudador do Skype, utilizou-se da própria plataforma para contar sua trajetória de sucesso durante o Startup Games
Por Matheus Fonseca/Simi
“O medo do fracasso que a maioria das pessoa possuem é normal, mas isso não deve ser um motivo que as impeça de criar sua própria empresa”. Co-fundador do Skype e atualmente CEO e co-fundador da Atomico – empresa que realiza investimento em startups por todo o mundo – Niklas Zeenstrom, com este currículo, pode afirmar isso com categoria.
Durante videoconferência realizada com os participantes da segunda edição do Startup Games, a Olimpíadas das Startups, que aconteceu nos dias 08 e 09 de agosto, no Parque Lage, casa oficial do Reino Unido durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, Niklas contou um pouco da jornada de uma startup até alcançar o sucesso.
Encontrando a melhor saída
Para ele, só o fato de ser um empreendedor já significa ir contra a maré. E, é claro, que na criação do Skype isso não foi diferente: “minha família me questionou se era isso mesmo o que eu gostaria de fazer, se era o negócio que eu gostaria de dedicar todo o meu tempo.”
Mesmo parecendo que você está nadando para o sentindo contrário, ainda segundo Niklas, a realidade das startups que estão nascendo hoje é mais atraente do que na época em que ele começou com o Skype. “A crise na economia e a instabilidade dos negócios tradicionais abrem oportunidades para que novos e inovadores negócios possam suprir necessidades ou despertar novas formas de consumir”, e completa: “por isso, acho que agora é a hora certa para abrir novas empresas”.
Outro fator que contribui para a criação de novos negócios é o surgimento de um novo perfil de clientes. Estes, buscam marcas e produtos que trazem valores e que consigam transparecer isto para os seus consumidores: “você pode notar que essas startups são as que possuem maior sucesso e evidência na mídia”, ressalta Zeenstrom.
De startup a uma empresa internacional
Ao iniciar a criação do que se tornaria hoje uma das mais importantes ferramentas de comunicação online, Niklas conta que logo de cara já decidiram que o Skype seria internacional: “quando se começa assim, o objetivo de ir além das fronteiras é algo natural para a empresa”.
Além de um ideal, a startup que deseja ser global deve conhecer bem os mercados onde ela quer atuar e, a partir daí, traçar o seu caminho. A proposta que o Skype possui é uma demanda real em qualquer país do mundo: economizar dinheiro em ligações internacionais. Segundo seu co-criador: “apesar de sabermos dessa demanda, foi necessário entender como o negócio é encarado em cada nicho de mercado que desejávamos atuar”. É aí que a contratação de pessoal assume uma posição fundamental.
Contratar pessoas que possam mapear e trabalhar nos locais onde você quer levar sua empresa é essencial para conhecer os mercados. O Skype começou pela Europa, Ásia, América Latina e só depois foram para os Estados Unidos. E Zeenstrom diz porque: “escolhemos os EUA por último, isso porque quando uma empresa ainda está começando e começa a atuar em um mercado tão diverso e grande, como o americano, aumentam-se as chances dela ser engolida por uma mais madura”.
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