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Artigo: a realidade virtual pelos olhos do Facebook

Os óculos VR chegam com força em 2016 e prometem ser a próxima grande revolução do mercado geek


Por Alysson Lisboa/Simi

 Mark Zuckerberg vibra com a nova aquisição da empresa. A potencialidade do novo gadget é incrível, e está nas mãos certas (Reprodução internet/geek.com)

Telas sensíveis ao toque, wearables, televisores 4K de tela curva e experimentos com hologramas. Há algum tempo os cientistas buscam maneiras de ampliar nossos sentidos e proporcionar uma sensação mais imersiva e real. Os óculos de realidade virtual (VR) começaram a ganhar real atenção dos geeks de plantão a partir do momento em que o Facebook comprou, em 2014, a empresa VR, fabricante do Oculus, por US$ 2 bilhões. A rede social de Mark Zuckerberg não está sozinha nessa escalada. As gigantes Sony, Microsoft, HTC, Samsung e tantas outras fazem também suas apostas nos óculos de realidade aumentada.

Mas o que esperar dos óculos VR? O aparato é fixado na cabeça e proporciona uma visão em 360 graus do ambiente em vídeo ou fotografia. Além do destino certo, que são os games, melhorando a jogabilidade e imersão, os óculos permitem também um ganho significativo na qualidade do ensino à distância, treinamentos e demais ações nas quais estar no ambiente (ou com a sensação de presença) pode significar um ganho de atenção do usuário.

Um ótimo termômetro para medir a força de um novo produto são os videogames. Desde os primeiros consoles, como Atari e Odyssey, no início da década de 1980, e até hoje com os modernos Xbox e Playstation, diversas tecnologias foram testadas. A qualidade gráfica se modificou, e os controles, o realismo e o mercado de games se fortaleceram, ultrapassando inclusive a poderosa indústria do cinema nos EUA. Agora, os óculos de realidade virtual começam também a seduzir os gamers e, por meio deles, ganham escala e rápida ampliação de uso. Eles são ótimos para testar novos produtos porque usam a exaustão.

A campanha iniciada em 2012, por meio de crowndfunding pela Kickstarter para idealização do Oculus VR, conseguiu 7 mil doadores e arrecadou US$ 1 milhão em dois dias

 Detalhe do Óculus VR. Empresa foi comprada pelo Facebook por US$ 2 bilhões (Facebook/divulgação)

Mas será que Zuckerberg quer apenas melhorar a experiência dos jogos dentro da plataforma Facebook? Parece que não. A empresa, hoje com 1,35 bilhão de usuários, já comprou o Whatsapp e o Instagram e adquiriu, em 2013, a empresa Parse, uma plataforma de desenvolvimento de aplicativos por US$ 85 milhões.

Mesmo sem saber ao certo o que o Facebook quer com o novo brinquedinho, o que se sabe é que a internet das coisas (IoT) é a bola da vez. Até 2020 uma enxurrada de novidades, que começou com os relógios e pulseiras inteligentes, vai dominar o mundo. O poder de conexão, a facilidade de uso, a integração entre dispositivos e o barateamento dos equipamentos vão fazer lotar as prateleiras virtuais mundo afora. Imagine você utilizando o Street View do Google como se estivesse andando pela rua pesquisada? Com sons e imagem em alta resolução?

Alguns especialistas preveem que os óculos de realidade virtual serão a nova febre do Natal de 2016

Na educação, os óculos de realidade aumentada podem trazer inúmeros benefícios. Em uma cirurgia, por exemplo, alunos de medicina ficam a uma considerável distância de seu preceptor e é quase impossível observar os detalhes e o andamento da cirurgia. Com óculos de realidade aumentada, o aluno poderá observar detalhes da intervenção em primeira pessoa, discutindo cada detalhe como se tivesse os olhos do médico. Simulações das mais diversas como pilotar um avião ganham ainda mais realismo. No campo do jornalismo, um tour virtual e imersivo já é testado pelo New York Times (NYTvr). Em uma reportagem imersiva do jornal, o narrador mostra a história de três crianças refugiadas da Síria. O grau de realismo é incrível. A empresa distribuiu entre seus assinantes o Google Cardboard, um óculos VR feito de papelão.

 Zuckerberg apresenta o Oculus como a nova plataforma de entretenimento (Facebook/divulgação)

Um dos entraves para a rápida expansão dos óculos de realidade virtual são os problemas de visão que obrigam as pessoas a usarem lentes corretivas. Outro problema, pelo menos por enquanto, é o preço. Previsto para chegar ao Brasil até o meio do ano, o Oculus do Facebook deve custar algo em torno de US$ 600, quase R$ 2,4 mil. Com um custo desses, pensar na utilização do dispositivo em salas de aula do Brasil parece algo ainda muito distante.

No entanto, a capacidade imersiva e de persuasão da nova tecnologia possibilitará uma mudança profunda no modo como enxergamos, aprendemos e nos comunicamos. Os óculos VR é a nova aposta do mercado. O Facebook não teria gasto US$ 2 bilhões sem um projeto concreto para os óculos de realidade virtual. O certo é que o movimento está apenas começando. A partir de agora você vai enxergar o mundo com outros olhos. Pelo menos essa é a aposta da indústria da inovação para os próximos meses. É ver para crer!

Fonte:

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