Diretoras defendem a igualdade de gênero e o empoderamento feminino no setor de tecnologia
Por Redação
Você já ouviu falar de mulheres que registraram seus nomes na história das revoluções tecnológicas? A americana Grace Hopper, por exemplo, foi quem criou a linguagem de programação Flow-Matic, fundamental para o desenvolvimento da linguagem COBOL. Hedy Lamarr, uma inventora austríaca radicada nos Estados Unidos, é a responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que é utilizada nas redes wi-fi e nos celulares. A inglesa Ada Lovelace descobriu o primeiro algoritmo para processar o funcionamento de uma máquina. Mesmo em um segmento dominado historicamente por homens, essas mulheres foram grandes precursoras da história da informática e são exemplos reais para outras mulheres que decidiram ingressar no desafiador universo da tecnologia da informação.
No entanto, mesmo com a escassez de mão de obra, a participação feminina no setor de TI ainda é minoritária. Apenas 20% dos profissionais que atuam no mercado de TI são mulheres, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contrariando esta realiade, a Assespro-MG, intituição que representa as empresas de tecnologia do estado de Minas Gerais, tem seu conselho administrativo com a participação de três mulheres. Recentemente, a empresária Edna Meneses assumiu a cadeira de vice-presidente de Qualidade, Planejamento e Controle, Bruna Trajano, a vice-presidência de Associativismo e Moema Sant’Anna Belo, da diretora.
A presença feminina em todos os setores da economia tem sido preponderante para o equilíbrio social e, consequente, harmonização das decisões empresariais. Para Edna Meneses, no setor de TI não poderia ser diferente. “A atualidade tem sido marcada por grandes revoluções tecnológicas e que vêm transformando a convivência da humanidade no planeta. A presença feminina nesse segmento gera um olhar diferenciado sobre as questões, trazendo mais qualidade, ética e criatividade. É no setor de TI que podemos fazer a diferença na vida das pessoas e do país”, ressalta.
Criar condições técnicas, políticas e facilitadoras para o crescimento do setor de TI em Minas Gerais são algumas das propostas da nova gestão, de acordo com a vice-presidente. “Se queremos fazer crescer o negócio de TI de Minas Gerais no cenário nacional, temos que ter objetivos comuns, tratar as necessidades em conjunto e negociar, politicamente, os interesses da área. Eu quero fazer parte disso e quero contribuir com meu tempo, conhecimento e relacionamento para que isso se torne realidade”, acrescenta Edna.
Nova diretoria deseja empoderar mais as mulheres
Infelizmente o setor de TI em todo país ainda é composto, em sua grande parte, por profissionais do sexo masculino, podemos ver isso nas salas de aulas, cursos, eventos e empresas da área, relata Bruna Trajano. Porém, a vice-presidente afirma que houve um avanço e há um esforço de muitas mulheres para conquistarem espaço no segmento. “Estamos passando por uma fase de mudança de cultura e de provações em que as mulheres têm que se desdobrar para provar seu valor para o mercado, mas acredito que, em breve, conseguiremos equalizar esse número assim como estamos fazendo em outras verticais do mercado”, enfatiza a executiva de vendas corporativas da Locaweb Corp.
Como integrante da nova gestão, Bruna pretende por meio de sua atuação reforçar a importância da presença feminina no setor, lutar pela igualdade de direitos, trazer um pouco da sua experiência e dificuldades do dia a dia para que a Assespro-MG possa empoderar ainda mais mulheres que lutam para se destacar no mercado, além de claro, contribuir para o crescimento do setor no estado.
Trajano defende ainda ações que possibilitem o aumento do número de associados, o planejamento e a execução de eventos voltados para network entre executivos e possíveis parceiros de negócio, além de incentivar as empresas a harmonizarem seu corpo de colaboradores com a participação de ambos os sexos.
A diretora Moema acredita que “se queremos que o mundo acredite que mulheres e homens possuem capacidades iguais, independente da área de atuação, temos que fazer nossa parte e nos fazer presentes. Temos que dar exemplo e provocar inspirações”.
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