Com a tecnologia, é possível integrar todos os dados de um mesmo paciente em diferentes sistemas
Por Redação
O Big Data tem o potencial de trabalhar com um volume expressivo de dados de diferentes fontes, organizá-los e fazer uso deles. A tecnologia está intimamente ligada com a análise preditiva, técnica utilizada para fazer estimativas e reconhecer padrões. Com a combinação dessas inovações, especialistas projetam um grande “boom” de oportunidades na área de Saúde para os próximos anos.
De acordo com as recentes avaliações da Frost & Sullivan – empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado – a utilização do Big Data vai crescer 10 vezes em menos de uma década em várias áreas da Saúde, desde o diagnóstico de câncer até dicas de dietas. As projeções apontam um mercado de US$ 6 bilhões até 2021.
Na opinião do diretor-presidente da empresa 2iM IMPACTO Inteligência Médica S/A, Cesar Abicalaffe, em um prazo curto de tempo o Big Data precisará ser incorporado as redes de atendimento a saúde do Brasil. “Diria que não vamos fugir disso dentro dos próximos três a cinco anos. Está mais do que claro que não se consegue fazer a gestão da rede sem a informação adequada”, previu o especialista, durante o 7 º seminário da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), realizado na última semana, em Brasília (DF).
Segundo Abicalaffe, uma das maiores dificuldades na gestão da saúde no País são as falhas na integração no sistema de informação das prestadores de serviço no setor. Dados sobre o mesmo paciente, por exemplo, estão com operadoras de planos de saúde, hospitais, laboratórios, farmácias ou clínicas de forma pulverizada. “Nenhum desses prestadores de serviço se conversam, então não conseguem fazer uma gestão adequada da saúde da população. O Big Data pode ajudar nisso”, comentou.
Com a tecnologia, é possível integrar todos os diferentes sistemas, juntando as informações necessárias em um banco de dados e de forma qualificada, o que poderá trazer benefícios para o atendimento. “Quando se tem informação melhor, se gerencia melhor a saúde da população, se gasta menos dinheiro de forma inadequada, e obviamente se usa melhor recursos já escassos em prol daqueles que efetivamente estão precisando. Hoje, os pacientes da saúde suplementar estão soltos no sistema, sem gestão, numa rede ampla e sem serviço.”
Na visão do especialista, atualmente a indústria da Saúde experiencia um processo prévio de integração em seus serviços, com a inovação trazida pelos aplicativos e novas tecnologias. Ainda assim, explica Abicalaffe, é possível fazer mais. “Hoje um plano de saúde tem informação de faturamento, mas não sabe o que acontece com o paciente dentro do hospital. Isso fica no sistema do hospital. Tem que se buscar uma forma de unificar esses dados dentro de um repositório de saúde, trazer as informações para um lugar único e gerenciar, para o paciente ter, pelo menos, um prontuário eletrônico dele”, informou.
Fonte: Agência C&T
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