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Conheça 4 projetos de empreendedorismo social que estão conquistando o Brasil

Durante a CPBA, jovens do Nordeste apresentaram projetos que estão mudando a realidade das cidades em que vivem


Por Paula Isis/SIMI

Da esquerda para a direita: Marcos Oliveira, da MeViro; Simony Césa, do NINA; Lívia Suarez, do La Frida; Luma Nascimento, do Circuito Rolezinho; e Lucas Santana, do Desabafo Social
Crédito: Paula Isis/SIMI

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Durante o último fim de semana, dezenas de campuseiros se reuniram no palco principal da Campus Party Bahia para ouvir a história de quatro jovens que, cansados de vivenciar a injustiça da periferias de suas respectivas cidades, resolveram empreender socialmente para mudar a vida dessas pessoas. Surgiu então o Circuito Rolezinho, La Frida, Desabafo Sociale o NINA

O que eles têm em comum? Todos foram desenvolvidos por jovens negros que cresceram em comunidades e acreditam que podem fazer a diferença ao invés de cruzarem os braços e entrar para as estatísticas. Com modelos de negócio distintos, cada um dos projetos tem impactado a vida das pessoas de sua comunidade de forma singular. Do empreendedorismo à mobilidade urbana, todos têm o mesmo propósito: mudar a realidade de pessoas que vivem à margem da sociedade. 

Mediado por Marcos Oliveira, CO-Founder da empresa MeViro – especializada em fazer próteses de baixo custo em impressora 3D, a galera que está à frente desses projetos compartilhou a experiência de empreender socialmente no país. Conheça abaixo o modelo de negócio desses projetos do Nordeste que estão ganhando o país.

Circuito Rolezinho

Crédito: Reproduçao/Facebook

O Circuito Rolezinho tem como objetivo a produção cultural para a ocupação de espaços e construção de novas narrativas, por meio de diferentes linguagens: música, cinema e moda. “Queremos ocupar espaços, não só físicos, mas também imaginárias e possibilitar não só a oportunidade, mas a acessibilidade da juventude negra”, afirma Luma Nascimento, uma das criadoras do circuito. 

A iniciativa é das baianas Luma Nascimento, de 25 anos, pesquisadora, pedagoga e digital influencer, e Yasmin Reis, de 20 anos, musicista e videomaker. Segundo Luma, o intuito do projeto é fazer circular as produções feitas pela e para a juventude negra, numa perspectiva de desenvolvimento sociocultural e econômico para a população afrodescendente. Vale destacar que o projeto foi constituído, bem como suas edições são produzidas, por jovens, negros, de espaços estigmatizados e, consequentemente, marginalizados.

“Quando você insere na busca do Google, a palavra ‘rolezinho’, os destaques eram estritamente para notícias sobre ‘jovens negros causando confusão em shoppings’. Agora, também estamos nessa lista, apresentando o Lado B desse ‘significado,’ com novas formas de diálogos”, finaliza.

La Frida

Crédito: Reproduçao/Facebook

La Frida Bike Café Poético é um projeto que une poesia, cicloativismo negro e café. Criado em 2015 por três mulheres, hoje o projeto tem outros desdobramentos e já possui 15 mulheres espalhadas pelo Brasil, “realizando a promoção da bicicleta, o empreendedorismo e a arte de rua, no caso, a poesia”, explica uma das idealizadoras, Lívia Suarez.

Um dos braços da La Frida é o projeto Preta vem de bike.  “O grupo visa levar a mobilidade urbana para além da orla de Salvador, chegando até a periferia”, destaca Lívia. Com ele, o projeto passou a ensinar mulheres negras da periferia a andar de bicicleta.

Há ainda o Bicilafrida, um complemento para as aulas de ciclistas aspirantes. São implantados bicicletários em universidades e escolas públicas de Salvador. Segundo Lívia, a ideia é estimular o uso de bike entre alunos e funcionários.

Além disso, o projeto tem uma loja virtual e todos os produtos são entregues como? De bike, é claro. Uma forma rápida e ecológica.

Desabafo Social

Crédito: Reproduçao/Facebook

Com atuação em 13 estados brasileiros, o Desabafo Social surgiu em 2011, em  Salvador, com o desejo de transformar a realidade por meio de ações estruturadas e intencionais, trabalhando sempre na área de Direitos Humanos da Criança e da Juventude, Comunicação e Educação. Operamos a nível nacional, fortalecendo a participação juvenil.

Para isto, o coletivo produz conteúdos com base em histórias e ações que promovem a educação em direitos humanos e empreendedorismo social. Realizam workshops, oficinas e palestras relacionadas a educação, comunicação e empreendedorismo. Além disso, eles produzem eventos culturais e de debates com e para instituições de ensino e empresas.

Com campanhas de cunho social, eles procuram mudar a realidade da população negra. A partir de uma percepção de um dos integrantes, o coletivo percebeu que quando você insere a palavra “pele” em buscadores ou bancos de imagem, nenhuma foto faz referência à raça negra.

“Pele negra também é pele. Nossa luta é por igualdade”, afirma Lucas Santana, um dos integrantes do movimento. A partir da campanha Pele Negra, também é pele “conseguirmos o algoritmo do Google que passou a integrar a pele negra em seu banco de imagens”, afirma Santana.

Nina – Sororidade e empoderamento

Crédito: Reproduçao/Facebook

“Quantas vezes você já deixou de fazer algo por ser mulher?”, foi com este questionamento que a designer gráfica Simony César deu início à apresentação do aplicativo NINA – sororidade  empoderamento.

Criado no início deste ano, o app desenvolvido pela própria designer chega ao mercado com o objetivo de trazer mais segurança as mulheres durante o deslocamento urbano.  “O NINA permite mapear os principais casos de assédio de Recife, identificando as linhas de ônibus que têm maior índice de assédio, o horário, trechos e ainda registros fotográficos dos criminosos”, explica Simony.

O NINA funciona como uma sororidade tecnológica, afirma Simony. De acordo com ela, o app visa dois tipos de usuário: o “eu”, aquela que sofre o assédio, e o “ela”, a mulher que presencia o assédio.

Segundo Simony, a denúncia é realizada em poucos cliques. Com a confirmação, todas as pessoas que estão em um raio próximo à vítima e também possuem o NINA instalado no celular, receberão uma notificação informando o a geolocalização do ônibus, o nome e número de ordem do veículo e o horário. “Esta é a concepção da sororidade. Queremos ampliar por meio da tecnologia a voz da mulher vítima”, finaliza.

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