Brasil Inteligente busca o desenvolvimento da internet 5G e da Internet das Coisas
Por Redação
Na última semana foi apresentado o Brasil Inteligente, iniciativa que representa a segunda fase do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). A política pública, que tem como um dos objetivos universalizar o uso da internet no país, define metas para serem alcançadas até 2018. Entre elas, está o projeto de levar redes de óptica para mais municípios e ofertar internet de alta velocidade a 95% da população.
O Brasil Inteligente conta também com uma combinação de políticas públicas para o desenvolvimento da internet 5G e da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). A expectativa do governo federal é de estimular a criação de aplicações de cidades inteligentes, ensino a distância e telemedicina. O programa Brasil 5g e o Plano Nacional de Internet das Coisas vão contar com investimentos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) de até R$ 600 milhões em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, além de parcerias com a União Europeia e a Coreia do Sul.
O então ministro das Comunicações, André Figueiredo, destacou na cerimônia de lançamento que um dos três eixos do Brasil Inteligente é Estudos e Inovação Tecnológica. “O Brasil sempre foi beneficiário da tecnologia 3G e 4G. Agora seremos protagonistas na internet 5g. Vamos desenvolver plataformas de IoT a partir da tecnologia 5G, em parceria com a União Europeia (EU)”, afirmou Figueiredo referindo-se a um acordo celebrado com a UE em fevereiro.
O Ministério das Comunicações (MC) destinou, na semana passada, R$ 34,8 milhões do Funttel para que o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), o Instituto Atlântico, o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer e a Universidade Federal do Ceará (UFC) possam desenvolver pesquisas sobre IoT e 5G.
Expansão e universalização
Os outros dois eixos do programa são universalização e educação. No primeiro deles, a meta é aumentar de 53% para 70% os municípios cobertos com redes de fibra óptica, incrementar a velocidade média das conexões para 25 Mbps e chegar a 300 milhões de acessos na banda larga fixa e móvel. Em dezembro 2015, segundo o MC, esse número foi de 206 milhões.
Visando a expansão da infraestrutura, o ministério prepara mudanças no modelo de prestação dos serviços de telecomunicações, incluindo alterações em legislações e regulamentos, e ações para estimular os pequenos provedores que fornecem internet para pequenas e médias cidades.
Outras medidas para universalizar o acesso à internet banda larga são o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), previsto para ser colocado em órbita no fim do ano, e a contratação de um segundo equipamento já em 2018. A ideia é que ele esteja em operação em 2021. “O SGDC nos permitirá alcançar municípios que não são atendidos com redes de fibra óptica”, apontou o ministro.
O programa conta ainda com ações para incrementar o Programa Amazônia Conectada. A meta é construir 7,8 mil quilômetros de infovias nos rios da Amazônia. Serão cinco rotas de cabo de fibra óptica no curso dos rios Solimões, Negro, Purus, Juruá e Madeira, beneficiando 45 municípios.
Educação e inclusão
No eixo de educação, o programa Brasil Inteligente dialoga com as políticas públicas de ensino, inclusão digital e redução das desigualdades. A infraestrutura de rede será usada para conectar as escolas e unidades da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, que serão pensadas e construídas para receber a conexão de banda larga. Estre os objetivos, estão conectar 30 mil escolas públicas urbanas e rurais com internet de alta performance, wi-fi e acesso a media center, beneficiando 20 milhões de alunos.
“Temos uma parceria com a Telebras para alcançar a meta de aumentar a velocidade média de navegação das escolas para 78Mbps. Hoje essa média é de 4 a 5 Mbps”, explicou o secretário de telecomunicações do MC, Maximiliano Martinhão. Serão priorizadas as escolas que apresentam baixo rendimento na alfabetização e crianças e as unidades que detêm estrutura e capacitação para receber a internet de alta velocidade.
*Com informações da Agência Gestão CT&I
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