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Inovação passa a fazer parte das prioridades dos orçamentos de TI

Em pesquisa da SIM, a categoria está em terceiro lugar entre as maiores preocupações dos CIOs, vinculada diretamente às expectativas do negócio


Por Redação

Os serviços de nuvem representam, atualmente, cerca de 12% dos orçamentos dos departamentos de TI
Crédito: Pixabay

As despesas com hardware e software estão caindo, enquanto os gastos com serviços de nuvem crescem, de acordo com pesquisa recente da Society for Information Management (SIM).

Analistas de Inteligência de Negócio (Analytics/BI ) e segurança cibernética são as duas maiores prioridades de investimento, o que já acontece há vários anos. No entanto, a “inovação” avança para fazer parte desse mix de prioridades, uma categoria de TI que está associada diretamente às expectativas ou resultados de negócio.

A SIM, que entrevistou 1.200 gerentes de TI, incluindo 500 CIOs (diretores de informática), diz que a inovação deixou a oitava posição da lista de maiores preocupações da gestão em 2014, para a quarta, em 2015, ocupando o terceiro lugar este ano. Considerando apenas os dados da pesquisa, não está muito claro do que se constitui exatamente o investimento em inovação.

O director de TI da Hunter Douglas e um dos membros da SIM, Craig Pedersen, acredita que se trata de aumentar a qualidade no “topo de linha”: “Inovação, para mim, está na ênfase dada à geração de negócios e receitas”, diz Pedersen. Sua empresa faz produtos para janelas, como persianas e cortinas. Gastar com inovação, neste caso, explica, pode ser usar tecnologias de visualização que permitam ao cliente avaliar melhor como vai ficar uma nova persiana na sua casa, por exemplo.

As despesas totais com TI estão crescendo. Nos últimos três anos, aumentaram em mais de 5%, mas não se sabe ao certo o porquê. Pode ser que, dada a grande importância da tecnologia para os negócios, ela esteja evoluindo para um novo patamar “normal” de orçamento, é o que afirma Leon Kappelman, professor de sistemas da informação no College of Business na University of North Texas, parte da equipe que desenvolveu a pesquisa.

Kappelman, contudo, não descarta a possibilidade de a migração para os serviços de nuvem estar exigindo grandes investimentos iniciais em integração, ou que o mercado de TI ainda reflita o processo de recuperação do subinvestimento dos anos da recessão.

De qualquer forma, o crescimento dos gastos observado na pesquisa da SIM está alinhado aos dados globais da IDC, que estimam expansão este ano das despesas com produtos e serviços de TI, por conta dos esforços de transformação digital, nuvem e big data.

Os serviços de nuvem representam, atualmente, cerca de 12% dos orçamentos dos departamentos de TI, parcela que deve se ampliar para 15% em 2017, segundo a SIM. Hardware e software, em compensação, que responderam por 32,5% dos gastos este ano, devem ver sua participação cair para 31%. Nos últimos cinco anos, a fatia destes dois itens variou entre 37% e 47%.

Gastos com pessoal

A percentagem destinada aos gastos com pessoal nos departamentos de TI não costuma variar, diz Kappelman, enquanto as despesas com nuvem crescem. Embora a SIM não tenha o número de quadros totais, os autores da pesquisa acreditam que as contratações estejam aumentando, por que a despesa geral vem subindo.

A estabilidade no emprego média de CIOs está em ascensão constante, atualmente na faixa de 5,63 anos. Em 2013, foi de 5,20 anos, e, em 2007, 4,10 anos. Esses executivos também podem estar ganhando mais influência em suas organizações. Em 2007, cerca de 40% dos CIOs se reportavam ao CEO, total que agora está em cerca de 46,5%. Outros 29% se relacionam com os CFOs.

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