Método também é eficiente para casos de queda de cabelo ocasionada pelo tratamento do câncer
Por Redação
A calvície é uma preocupação constante na cabeça dos homens. Ela é o resultado de um desequilíbrio no ciclo natural da produção de fios, em que a queda supera o crescimento devido ação da testosterona que acelera o processo que deveria ocorrer de forma mais lenta.
Por preocupações estéticas, homens e mulheres atingidos pela calvície recorrem a medicamentos que podem ter efeitos colaterais desagradáveis. No caso dos homens, alguns remédios provocam impotência sexual.
Existem, porém, outros tipos de alopecia, em que a perda de cabelo acontece por diferentes causas, como, por exemplo, tratamentos agressivos contra o câncer. Para esses casos, a indústria farmacêutica ainda não oferece soluções.
A Labfar, empresa de inovação e prestação de serviços em saúde sediada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), percebeu essa falha no mercado e realizou pesquisas que levaram ao desenvolvimento de uma solução alternativa para o problema.
O doutor em Fisiologia e CEO da empresa, Robson Santos, conta que a descoberta aconteceu em meio aos trabalhos com a Angiotensina-(1-7), um dos principais componentes de tratamentos que o laboratório desenvolve para doenças cardiovasculares.
“Esta formulação tem efeitos benéficos para o organismo, promovendo a melhora da circulação e do metabolismo. Percebemos que, além de ser eficaz para a manutenção da pressão arterial e da função renal, essa substância também tem uma ação antialopecia, melhorando o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e podendo facilitar o crescimento do cabelo”, explica.
A descoberta traz a possibilidade da entrada de um produto totalmente novo no mercado. Diferente dos tratamentos para calvície disponíveis, que apresentam diversos efeitos colaterais, a solução desenvolvida pela Labfar é livre desses efeitos.
Dessa forma, a empresa acredita que seria possível produzir um medicamento eficiente, inclusive, para outros tipos de alopecia, como aquela desencadeada pela quimioterapia ou a radioterapia.
Solução pioneira
Robson conta que já existe uma patente semelhante registrada nos Estados Unidos, que utiliza a Angiotensina-(1-7), o mesmo princípio ativo, para combater a calvície. A solução da Labfar, porém, tem uma via de aplicação menos agressiva, pois não prevê aplicação subcutânea.
“Nossa solução é de uso tópico – o paciente aplicaria o produto diretamente no couro cabeludo, e sua formulação faz com que ele seja absorvido pela pele e entre em contato direto com o folículo capilar”, explica.
Com testes clínicos já realizados e resultados comprovados, a solução da Labfar depende, agora, de parceiros para iniciar a fase de produção comercial e entrar no mercado.
*Com informações do site O debate
Foto: Pixabay
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