Equipamento será usado por pesquisadores de inúmeras instituições do Brasil e de outros países
Por Redação
Uma imagem com dimensões de 8nm por 8nm, com resolução atômica da superfície de um cristal de silício, obtida no fim de setembro, no Centro de Microscopia da UFMG, marcou o início de funcionamento de um equipamento capaz de executar uma técnica inédita no Brasil, a Ballistic Electron Emission Microscopy (BEEM). Trata-se de um microscópio de tunelamento em ultra-auto-vácuo, que possibilita preparar e enxergar sistemas nanométricos.
Sua utilização é relevante sobretudo para a nanoeletrônica, nas áreas que se valem de dispositivos e materiais semicondutores, usados na fabricação de circuitos integrados.
Esse microscópio chegou ao Brasil no início do ano e, depois de montado por equipe de pesquisadores, está pronto para operar. “A imagem obtida para qualificação do instrumento confirma que ele está em condições ótimas de operação”, informa o professor Gilberto Medeiros Ribeiro, do Departamento de Física, que coordenou a desmontagem e a remontagem do equipamento.
Estado da arte
Gilberto Medeiros explica que o microscópio, doado à UFMG pela Hewlett-Packard (HP), havia sido adquirido pela empresa há cerca de 20 anos, mas sempre se manteve no estado da arte, seja, no nível mais alto de desenvolvimento, em razão da permanente substituição de peças.
“Fomos buscá-lo no Vale do Silício, em Palo Alto, e o colocamos em funcionamento. A partir de agora, ele faz parte dos equipamentos multiusuários do Centro de Microscopia, que são utilizados por pesquisadores de inúmeras instituições do Brasil e de outros países”, diz Wagner Rodrigues, diretor do centro, ele ainda ressalta que a incorporação do equipamento “reforça a vocação do Centro de atuar, como centro multiusuário, na fronteira do conhecimento”.
*Com informações da UFMG
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