Harpy Game foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia e conta com o apoio da Fapemig
Por Redação
É de conhecimento geral que a tecnologia ajuda no tratamento de diversas doenças. Mas você sabia que um jogo também pode ajudar pacientes? Um exemplo é o Harpy Game, jogo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em um ambiente virtual o jogador controla o voo de um Gavião-real, passa por várias fases e completa desafios com diferentes níveis de dificuldade.
O jogo, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), é utilizado no tratamento de pacientes com sequelas motoras após um acidente vascular cerebral (AVC). São cinco fases e cada uma prioriza um tipo de movimento. Na primeira, por exemplo, o jogador precisa controlar o voo do gavião-real e, para isso, é preciso movimentar os braços para a direita, esquerda, para cima e para baixo.
A proposta consiste na utilização da realidade virtual para reabilitação dos braços de pacientes que tiveram AVC. No entanto, o jogo pode ser configurado para outros tipos de traumas que exigem reabilitação por fisioterapia, como por exemplo quebrar a clavícula, o punho, a bacia, entre outros.
“Este jogo, especificamente, é feito seguindo os protocolos de reabilitação para pacientes que sofreram AVC, e uma vez já configurado o fisioterapeuta apenas deve fazer a adequação do Harpy Game de acordo com as dificuldades motoras do paciente a ser tratado”, explica Edgard Lamounier, coordenador da pesquisa Desenvolvimento de um Sistema de Realidade Aumentada Imersiva para Simulação e Treinamento de Usuários de Próteses de Membros Superiores.
Portabilidade
Além da reabilitação, o jogo se destaca por sua portabilidade. Para funcionar é preciso apenas um computador com o dispositivo instalado e um bracelete que faz a conexão e transporte o paciente para outra dimensão. Desta forma, o Harpy Game pode ser utilizado até mesmo dentro do quarto do hospital. “Isto aumenta muito a margem de recuperação total ou quase total do paciente, pois o tempo aqui para a reabilitação é fundamental” afirma Lamounier.
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