Durante três dias, evento inédito proporcionou aos estudantes da UFMG troca de experiências com outros alunos e professores estrangeiros
Por Alysson Lisboa/Simi
Os futuros engenheiros Kasandra, Júlia e Vinícius foram vencedores da primeira edição do Ruptura com o aplicativo Duolibras
Eles acreditam que a faculdade é muito mais do que assistir a algumas aulas. Ex-alunos de engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Joana Bretz e Rodrigo Miranda tiraram do papel o sonho de produzir um evento para integrar estudantes e mercado de trabalho. Surgiu, então, o “Ruptura – o que é que eu tô fazendo da minha vida?” Durante os dias 12, 13 e 14 de maio, estudantes, professores e especialistas participaram de feira, palestras e um bootcamp com a Universidade de Berkeley, dos Estados Unidos.
Ao todo, 21 projetos foram apresentados, cinco selecionados e três finalistas. Os grupos tiveram a noite e madrugada de sexta-feira para produzir vídeos curtos explicando suas ideias. Os resultados podem ser conhecidos na página do Ruptura no Facebook.
O Duolibras foi o time vencedor com um projeto de aplicativo para melhorar a comunicação por meio da língua dos sinais. A ideia foi dos estudantes Kasandra Poague, Júlia Carneiro e Vinícius de Sousa. Os alunos ficaram surpresos com a vitória e não escondem a alegria: “o próximo passo agora é colocar a ideia para funcionar”, comemoram os futuros engenheiros. Como prêmio, os vencedores poderão utilizar o espaço da Limoeiro (meetup aberto) para troca de experiência com outras startups e, assim, alavancar o projeto.
Conheça mais sobre:
O convênio entre a Escola de Engenharia da UFMG e a Universidade de Berkeley – EUA proporcionou aos participantes uma intensa troca de experiências. O modelo apresentado durante três dias do evento acontece regularmente na universidade norte-americana em períodos de seis meses. “A proposta é ampliar a parceria e poder realizar o modelo completo que eles praticam lá fora”, afirma a organizadora Joana Bretz.
Quem também não escondia a satisfação pelo resultado do evento foi Danielle Vivo, que há 11 anos estuda na Universidade de Berkeley e veio ao Brasil para o evento. Ela completa agora seus estudos sobre os países em desenvolvimento e trabalha para o Centro de Empreendedorismo e Tecnologia com os professores Ikhlaq Sidhu e Ken Singe. Estiveram presentes também o professor da FDC, Carlos Arruda, Fábio Veras da Fiemg, Leonardo Dias, subsecretário de Ciência e Tecnologia do Governo de Minas, entre outros.
Homenagem ao professor Pinotti Evgeniya Shamis prestou homenagem ao marido Marcos Pinotti, que faleceu em janeiro deste ano
A professora Evgeniya Shamis, viúva do professor Marcos Pinotti, prestou uma emocionante homenagem ao marido que faleceu. Ela mostrou um pouco do trabalho que Pinotti executava tanto no Brasil quando no exterior, seu legado e sua trajetória acadêmica. Sob forte emoção e com voz embargada, a professora teve que retomar, por diversas vezes, sua fala. Aplaudida de pé pelos presentes, Shamis agradeceu o carinho e fechou sua fala com a frase: “BH should know its local heroes And needs new!” (BH deveria conhecer seus próprios heróis. E precisa de novos!).
Confira galeria:
Fotos: Alysson Lisboa/Simi
Fonte: