Centro em Referência em Radiocomunicações do Inatel está atuando na vanguarda da pesquisa em 5G no Brasil
Por Da redação
Professor Luciano Mendes na Universidade de Dresden-ALE
Foi assinado, no fim de fevereiro, um acordo de cooperação para o desenvolvimento da tecnologia 5G, entre Brasil e União Europeia. A formalização da parceria ocorreu durante o Congresso Mundial de Tecnologia Móvel, em Barcelona, que reuniu as principais tendências para a próxima geração de redes móveis de comunicação. Mas as negociações em torno desse trabalho conjunto já ocorrem há tempos, com a troca de experiência entre governos e instituição de pesquisas europeias e brasileiras, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).
O Inatel, localizado em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, sedia o Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR) e criado com apoio do Ministério das Comunicações e recursos do Funttel. O instituto concentra pesquisas em comunicações móveis de 5ª geração (5G), comunicações via satélite, acesso banda larga sem fio e radiocomunicação ponto a ponto de longo alcance e grande capacidade. O Instituto já realiza trabalhos em conjuntos com instituições europeias na Itália, Dinamarca e Alemanha, em especial com a Universidade de Dresden na Alemanha, considerada um dos mais importantes centros de desenvolvimento da tecnologia 5G no mundo.
Os pesquisadores das instituições do Inatel e de Dresden estão unidos para o desenvolvimento de um modem 5G. O professor Luciano Leonel Mendes fez seu pós-doutorado na universidade alemã e explica que o 5G poderá ser utilizado em diversas demandas e, principalmente, no desafio de aumentar a cobertura de acesso à rede sem fio em áreas de baixa densidade populacional, algo crítico para países de grande dimensão como o Brasil. “O que os vários centros de pesquisa estão estudando são as formas de atender a esses cenários e as necessidades específicas para essa implementação e, assim, poder elaborar uma proposta de modelo de referência mundial”.
Um passo à frente
O público em geral pode achar estranho ouvir falar em 5G quando nem mesmo as outras gerações de comunicação como 4G e até 3G estão efetivamente implantadas em vários países.
Mas é importante deixar claro que quando o assunto é tecnologia as pesquisas são constantes com foco sempre no que está por vir. “Para aplicar essas tecnologias em 5G são necessárias especificações que estão sendo discutidas pelos órgãos de padronização que envolvem o mundo todo. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) prevê que a primeira versão de padrão para 5G esteja pronta até 2020 e, por isso, cada vez mais se ouve falar em pesquisas dessa tecnologia”, explica Luciano.
*Com informações do Inatel
Foto: Inatel/divulgação
Fonte: