Técnica testada em ratos pode ser caminho para tratar problemas auditivos em humanos
Por Redação
A terapia genética tem gerado bons frutos nos estudos para tratar problemas auditivos. Em 2015, um grupo de investigadores do Boston Children’s Hospital e da Escola Médica de Harvard conseguiu dar audição rudimentar a ratos surdos.
Outro grupo, no entanto, parece ter consigo ir além recentemente. Por meio de um vetor de terapia genética melhorado, os pesquisadores garantem ter conseguido restaurar a audição dos ratos a um nível maior: até 25 decibéis, o que equivale a um sussurro.
O grande responsável por isso é o vetor sintético Anc80. Quando introduzido na cóclea (parte auditiva do ouvido interno), o vetor era capaz de transferir os genes para células difíceis de alcançar. “Neste estudo mostramos que o Anc80 funciona notavelmente bem na infeção das células de interesse no ouvido interno”, disse Konstantina Stankovic, um dos investigadores.
Diante da eficácia do vetor, o grupo decidiu por testar o estudo no tratamento de ratos com síndrome de Usher, doença que também atinge humanos e provoca surdez e cegueira, além de prejudicar o equilíbrio.
Ao introduzirem o gene corrigido no ouvido dos roedores, os pesquisadores perceberam que houve recuperação da audição. Além disso, ratos tratados pouco tempo depois do nascimento começaram a ouvir.
Medições indicaram que 19 de 25 ratos conseguiram perceber sons menos intensos. Alguns deles conseguiram ouvir sons até 25 decibéis, sensibilidade normal para o roedor.
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