O Giulia visa a aumentar a inclusão social de pessoas com deficiência auditiva
Por Da redação
Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) desenvolveram uma braçadeira que, conectada ao aplicativo, promete revolucionar a comunicação das pessoas portadoras de deficiência auditiva. Apesar da Língua Brasileira de Sinais (Libras) ser a segunda língua oficial do Brasil, pouca gente a conhece. Essa falta de conhecimento dificulta a inclusão de mais 9 milhões de pessoas com deficiência auditiva, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE.
Idealizado pelo professor da UEA, Manuel Cardoso, o Projeto Giulia consiste no desenvolvimento de uma braçadeira com sensor que traduz em som o significado de movimentos de quem está utilizando o aparelho.
Posicionada abaixo do cotovelo, o acessório decodifica mais de 30 sinais e o uso contínuo dos beneficiados servirá para aperfeiçoar e inserir novidades, ressalta Marcel Cunha, um dos integrantes do projeto. “Temos outros 50 sinais já em processo de inclusão. O Giulia nunca vai substituir o intérprete, mas o aplicativo serve para casos emergenciais onde não se tem um intérprete e assim o aplicativo pode ser usado também como suporte”, frisou.
O programa não só interpreta os sinais, mas também grava e permite, por exemplo, que o deficiente auditivo possa ler o que as outras pessoas falam. Para que isso aconteça, a pessoa precisa acionar o Giulia e falar próximo ao telefone. O mesmo irá transcrever em texto o que foi dito pela linguagem falada.
Projeto Giulia
O projeto Giulia- mãos que falam- é um kit tecnológico baseado em inteligência artificial. Os pesquisadores levaram dois anos para desenvolverem um programa capaz de identificar diversos movimentos. “Esse mapeamento foi nosso principal enfoque e dificuldade no início para que o Giulia possa ser usado pelo maior número de pessoas possível”, afirma o pesquisador do projeto, Marcel Cunha.
*Com informações G1 e SECOM/AM
Fotos: VITOR SOUZA/SECOM
Fonte: